quarta-feira, 20 de abril de 2011

O contrário do Amor...





O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.

Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.



.Martha Medeiros.

[...] [Caio F. Abreu]



Aprendi que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. 
Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço.  [...]

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Eu quis...tanto!



'' Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.

(...)

     Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.

   Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro.  Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.

   E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura. ''


#CFA

segunda-feira, 11 de abril de 2011

indo em frente, ( créditos para carol vasconcelos )



    Depois de duas semanas tentanto entender se você me fazia falta ou não, acabei descobrindo que sim: você me faz uma falta enorme, além de todas as coisas. É saudade do sorriso, do cheiro, do abraço, do olhar, do beijo. Saudade das conversas. Saudade do nosso amor. Deu tudo errado não foi? E agora todos os dias eu choro. Um choro rápido. Algumas lágrimas caem, deixam meu rosto vermelho, molham o travesseiro, eu respiro fundo e o choro já passou. É, agora eu tou assim sabe, não me permito chorar por muito tempo. Trato logo de secar os olhos, porque chorar é lembrar. E eu tenho que parar e esquecer, pra ver se dói menos. Mas continua doendo. Agora mais do que há quinze dias atrás. E daqui há uma semana mais do que hoje. É uma falta serena, uma saudade gritante mas controlada, e uma dor que não corta mas incomoda e deixa o coração triste. As coisas aqui dentro de mim andam um pouco feias, tudo muito sem cor, sem vida. Ando todos os dias no arame farpado que se faz a razão e o coração. E deixa eu te dizer, se ainda não me afundei em lágrimas e cai de cabeça nessa dor é porque a razão tá todo tempo martelando na minha mente, dizendo que é melhor assim. Que o momento é nós dois estarmos separados. E minha maturidade dizendo todo tempo que isso vai passar, que aos poucos vai ficando mais fácil. A verdade? Queria estar contigo, com todo o meu gostar, com toda minha dedicação. Mas ai vem a razão dizendo que eu não posso. Vem o medo dizendo que se nós voltarmos vai ser tudo como antes - as mesmas brigas, as mesmas divergencias. E vem a realidade me mostrando que você está muito bem sem mim, obrigada. E eu sinto um ciúme horrível de você que vem seguido de uma raiva mais horrível ainda. Do tipo, não tou contigo e nem quero que ninguém esteja. Coração aperta, eu ligo pra você. Você diz que também sente falta, que ainda gosta de mim e me ama - embora demonstre o contrário. Mas não passamos disso. Gostamos um do outro, mas não queremos ficar juntos. Acho que é isso. Estranho? Demais. Mas é assim. Eu ligo outra vez e você diz que vai sair; e eu penso: " tá do jeito que ele sempre quis. diversão a todo tempo. continuo ligando pra que? ele não precisa de mim.". Minha voz fica estranha e você pergunta se eu estou com raiva. Digo que não. Desligo o telefone e choro. Mais uma vez um choro rápido, mas cheio de dor. E então eu prometo a mim mesma que acabou. Não vou mais te ligar, não vou mais te procurar. Foi eu quem quis assim, foi eu quem cheguei dizendo que não dava mais. Você tá certo, tá seguindo sua vida. E eu vou seguir a minha. Vai ser difícil, mas levo como mantra: vai passar! É isso, parou por aqui. Eu e você, cada qual pro seu lado.

sábado, 9 de abril de 2011

É AMOR OU APENAS COMODISMO?

Olhando num site, achei fantástico as palavras da Terapeuta Energética regina restelli.


Tem gente que gosta de acumular coisas. Outras acumulam pessoas.
Muitas vezes, com medo de ficar só, mantemos relações já desgastadas, nas quais o prazer foi esquecido há muito tempo. Carregamos nas costas o peso do comodismo, fechando os olhos para novas oportunidades.
Quantas relações assim você mantém em sua vida, com medo do novo?
Falta de compreensão, de companheirismo, de diálogo, de respeito e de confiança são fatores que realmente podem acabar com um amor. Conforme o tempo passa, a sensação é de que tudo que já existiu está acabando. Como se os tons de uma tela perdessem as cores fortes, por acúmulo de poeira ou exposição ao sol. Pura falta de cuidado.

SER FELIZ OU TER RAZÃO?

Muitos casais permanecem juntos, mas não se sentem satisfeitos. Acabam reclamando com frequência das decepções causadas por brigas, discussões e desconfianças.
Situações mal resolvidas são realmente difíceis, mas costumo dizer que nada é impossível nesta vida. Se desejarmos com o nosso coração, acabamos realizando as mudanças mais inusitadas.
Arriscar na própria transformação é a única maneira de realmente tentar reinventar uma relação de amor.
Quando mergulhamos nas nossas fraquezas, sempre acabamos por descobrir a intransigência,o orgulho, a prepotência e o próprio desgaste pessoal. Além de falta de amor próprio e a desonestidade consigo mesmo. Quando procuramos uma válvula de escape num outro relacionamento para preencher o vazio interno, na maior parte das vezes estamos com muita vontade de ter razão e pouca vontade de ser feliz.
Se um dos envolvidos realmente decide assumir suas próprias dificuldades e elimina o hábito de apontar o outro como a causa absoluta de seus desagrados, o amor tem grande chance de reviver.

OLHE PARA DENTRO

Desista de achar que o outro é sempre culpado. Procure nas suas atitudes as mudanças necessárias, na sincera busca da relação que deseja. Você nunca vai conseguir mudar realmente o outro se não mudar a si mesmo primeiro."Você nunca vai conseguir mudar realmente o outro se não mudar a si mesmo primeiro."
O maior problema dos relacionamentos é que esquecemos o quanto amadurecemos, crescemos, mudamos com o tempo. Devemos caminhar juntos, lado a lado, conforme nosso próprio desenvolvimento. Jamais teremos os mesmos sentimentos do início, até porque não somos mais os mesmos. Mas podemos alimentar com carinho todas as diferentes fases de nossas vidas juntos. Transformando todos os dias em um novo recomeço.
Permitir-se ser dependente de outra pessoa é a pior coisa que podemos fazer a nós mesmos. Se você está à espera que alguém o faça feliz, ficará interminavelmente desiludido.

DÊ UMA CHANCE AO AMOR

A felicidade não mora no exterior, mas no seu interior. Todos dependemos unicamente de nós mesmos para nos satisfazermos. Depositar no outro esta responsabilidade é desonesto com você e com a outra pessoa também. Todo casal que decide se reconquistar acaba reencontrando e fortalecendo ainda mais o respeito, a admiração, a amizade e o amor.
Desista das velhas frases, reveja seus comportamentos, pensamentos e atitudes. Dê uma chance para vocês. Quando um se modifica, inevitavelmente o outro tende a mudar também. Com os dois conscientes e com vontade de investir nos anos de convivência, um novo e forte sentimento pode queimar em seus corações. Mas se já esta cansado e acredita que não tem mais jeito, não adianta insistir. Neste caso, encha seu coração de coragem, de amor por você e pelo outro, pegue em suas mãos sua vida e seja feliz mesmo assim.
Não se acomode nunca, a vida passa rápido. Sei que não é fácil, longe disso. Afinal reconhecer nossas fraquezas é muitas vezes dolorido. Mas vale muito a pena. Com a lição já aprendida, num próximo momento você pode se dar a oportunidade de fazer tudo diferente, mesmo que seja nesta antiga relação desgastada.
Seria bom que nós entendêssemos que todos os relacionamentos se fazem com cuidados, carinhos, respeito, amizade, atenção, abraços, transparência, elogios e muitos beijos. Devemos construir as relações sobre as qualidades. Jamais acusar. Sempre falar só sobre o que e como nos sentimos. Só desta maneira teremos certeza da verdade, pois só temos condições de falarmos com certeza de nós mesmos, nunca do outro. Aquele que se preocupa em achar os erros do outro não tem tempo para o amor.
Cuidar de nossas relações é como cuidar do amor que dedicamos a nós mesmos!