quinta-feira, 29 de julho de 2010

Lágrimas no escuro


"Podem te tomar um amor, mas não podem tomar a tua capacidade de amar".
Hoje compreendo, que em amor se sofre... e muito.
Mas depois, se recomeça.
E a gente se apaixona de novo.
E depois, pareçe que o mundo desaba novamente em cima de nossas cabeças,
mas (incrível!) tudo passa e a gente volta a apostar novamente, a arriscar, a se alegrar e a passar mal pela milésima vez, como no jogo da "Roulette".
Quando estamos mal, na fossa e com aquela dor de cotovêlo, a gente pensa que nunca mais iremos "cair nessa" de novo.
Mas quando estamos felizes, gostaríamos, e temos quase certeza,
que tudo isso não vai terminar nunca!
A gente deseja que o tempo pàre e ficamos de certa forma, parados no tempo.
Depois de termos passado por um monte de vêzes, finalmente deveríamos iniciar a compreender as regras do jogo e aprender a não mais ter medo.
Mas isso não acontece.
Ainda bem!
Porque mesmo depois de cem vêzes, voltamos a crer mais intensamente e não conseguimos ver nada além da ponta de nossos narizes.
Idiotas ou apaixonados?
Dá no mesmo!
O segredo?
Tá na via de meio.
É preciso NUNCA perder a capacidade de amar, de se dar com generosidade, intensamente e de (apesar de tudo), saber sofrer com dignidade.
Isso sim é preciso!
Por outro lado, é preciso aprender a se defender: não devemos desperdirçar nosso tempo e muito menos nosso coração com que não mereçe.
Não devemos ser seletivos, porém críticos.
Acima de tudo e justamente, críticos!
Não asustados, porém cautelosos!
Procurarmos conheçer melhor o outro ao invés de nos jogarmos de corpo e alma
sem medidas.
Acho que o amor tem um grande valor e, justamente por isso não deve ser desperdiçado.
É preciso aprender a "por tudo na balança" e, se é uma pessoa indigna, que não nos mereçe, que não nos ama, é absolutamente necessário "pular fora" urgentemente em busca de novos horizontes!
O primeiro amor e o último, pareçem ser insubstituíveis.
Mas não é a verdade.
O amor mais lindo é o próximo!
Quem será???
Só Deus sabe...
E nós vamos esperá-lo, vamos procurá-lo, vamos analisá-lo atenciosamente
e depois - se valer à pena - vamos nos jogar numa bellíssima e inebriante dança.
Vamos parar somente quando a música tiver terminado.
Mas iremos esperar a próxima canção.
Daqui há 60 anos vocês me darão provávelmente razão.
Em 2066 me escrevam pessoas.
Pelo menos pra me darem satisfação.
Eu vou estar aqui dançando e esperando a próxima música tocar.
Com calma e com cautela, naturalmente!
Porque daqui prá lá eu vou estar mais sabidinha. Prometo!
Mas durante esse tempo, procurem vocês também, um pouco de lucidez.

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